O quotidiano das pessoas portadores de albinismo em Angola, ainda é marcado pela estigmatização, ausência de apoio no acesso às consultas de oftalmologia, dermatologia e oncologia e dificuldades no acesso ao mercado laboral.
O facto foi revelado à LAC, por Benvinda Esperança, da Associação de apoio às pessoas com albinismo, que referiu a necessidade da mudança de mentalidade para que esta franja da sociedade possa usufruir em pleno dos seus direitos.
De acordo com Benvinda esperança, nem mesmo alguns professores estão preparados para lidar com os portadores de albinismo, e sublinhou que são pessoas capacitadas e prontas a darem o seu contributo para o desenvolvimento do país.
Por sua vez, Telmo Martins, também portador de albinismo, disse à LAC que para si, o dia de hoje representa a continuidade da luta pela salvaguarda de interesses de outras pessoas na sua condição, e apelou à mobilização de todos, para que os problemas não sejam só aflorados durante as jornadas de reflexão da efeméride que hoje se assinala.
E durante a cerimónia de abertura das jornadas de consciencialização do albinismo, cuja efeméride se assinala hoje em todo o mundo, o Secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, revelou que existem no país cerca de mil e quatrocentas pessoas com albinismo que enfrentam múltiplas dificuldades que urge resolver e sobretudo acabar com os mitos.
Franco Mufinda referiu-se a grande probabilidade dos portadores de albinismo desenvolverem cancros de pele e outras patologias, a morte precoce de muitos, e reconheceu que os apoios que recebem são insuficientes.
E a secretária de estado para a família e promoção da mulher, Elsa Barber, deu a conhecer que fruto das políticas públicas de inserção das franjas vulneráveis, está a ser criada uma base de dados sobre os portadores de albinismo.
